Eventos recentes nos Estados Unidos, como a crise bancária, a questão do teto da dívida e a mudança acentuada nas expectativas em relação à taxa de juros do Fed, mantiveram os mercados em alerta nos últimos meses.

Anteriormente, em meio a uma taxa de inflação historicamente alta na Europa, onde o índice atingiu 10,6%, o EUR/USD despencou para mínimas históricas, à medida que a economia europeia entrou em recessão técnica. Os dados mostraram um crescimento econômico trimestral de 0,1% na margem de erro estatística.

No entanto, após o Banco Central Europeu (BCE) começar a aumentar as taxas de juros, a inflação na região ajustou-se para 7%. No entanto, ela permanece acima da meta de 2%, o que significa que o BCE pode continuar seu ciclo de aumento de taxas, seguindo os sinais do Federal Reserve.

Isso indica um potencial aumento do euro, mas o ambiente atual dificulta esse movimento. Os significativos problemas econômicos e sociais na Europa, agravados pela crise na Ucrânia, também causaram uma grande saída de capital da região e levaram muitas grandes empresas a se realocarem. Nesse caso, a moeda deve permanecer fraca em relação às outras. No entanto, problemas semelhantes também existem para outros concorrentes.

Por outro lado, as repetidas declarações de Christine Lagarde de que as taxas continuarão a subir impedem uma queda significativa do euro. Os eventos recentes apenas demonstram que a principal pressão vem da redução do apetite por risco e do aumento do interesse em ativos seguros, com o dólar na vanguarda.

Portanto, até o final da reunião do Fed, o euro continuará sob pressão, principalmente em relação ao dólar. Apenas um sentimento de mercado melhorado, bem como uma decisão na qual o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas, apoiará um rally do euro. No entanto, mesmo nesse cenário, qualquer valorização potencial será limitada.

Se os dados de inflação ao consumidor na Eurozona divulgados hoje excederem inesperadamente as expectativas, a demanda pelo euro poderá aumentar.

Previsões para hoje:

EUR/USD

O par permanece abaixo de 1,0700. O movimento de queda pode continuar se os dados de emprego nos Estados Unidos divulgados na sexta-feira mostrarem um aumento muito maior de novos empregos do que o esperado. Nesse caso, o par poderia atingir 1,0600.

EUR/GBP

O par declinou após uma breve consolidação, impulsionado pelas expectativas de um aumento da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra. Um aumento acima de 0,8565 e um recuo em direção a 0,8700 podem ocorrer se os dados de inflação na Eurozona não mostrarem uma diminuição, o que reforçará as expectativas de novos aumentos das taxas pelo BCE.